E após três dias
de seca, sede e reclusão
lavei meu altar
das falsas ilusões.
banhei as imagens do tempo
com água pura da bica
a mesma da casa paterna
de minha mãe.
a mesma que me batizou
com as folhas secas de mirra
garantindo a proteção
com os ramos doces do alecrim
gestando a felicidade infinita
uma aranha atravessou a cena
entre os lixos que se espalhavam pelo chão
uma borboleta verde,
pousou no meu coração.
As datas no calendário
Avisaram antes, da mudança.
Recolhi o lixo e
Desfiei no rosário do sonho
Uma quimera de paz.
Nos sonhos do Bonfim,
Caminhos de louvação,
No sagrado tempo da vida
aqui.
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