(foto: Márcia Francisco - mandala de pés na festa da Aninha e do Vitor)
Meu coração não se acostuma à incapacidade habitual da grande maioria dos seres humanos em acreditar no melhor do outro e, simplesmente ficar no bom, ao sentir que tornou-se melhor e pensar que o outro também é capaz disso. As pessoas seguem a vida abrindo mão de convivências, amizades, relacionamentos, excluindo outras, com a mesma facilidade em que se deleta caracteres durante a digitação de um texto. Mas, não se deletam vidas: as pessoas, em ambos os lados, seguem existindo, cada uma à sua maneira, melhores ou não, nesta forma prosseguem iludidas pela imagem de que a exclusão apaga o outro, as dificuldades de convivência, as tristezas ou desilusões, o jeito próprio de achar-se certo.
Não sei se minha maneira de pensar está amalgamada na fé que aprendi em família e na vida, só sei que algo além de qualquer medo de recomeçar se abre em mim, quando, através desta fé, transformo medo em confiança. E, enquanto um cresce – a confiança – o outro - o medo - se esvai e eu caminho, não me abrindo em aventuras tresloucadas, mas, em convívios translúcidos e que me permitem está transparência de ser e deixar ser. Conviver com as diferenças não é tarefa fácil. E, se por um lado, percebo que me abro ao ser transparente, isso não quer dizer que o outro esteja pronto para receber ou ouvir, ou mesmo queira ouvir ou receber. Talvez seja disso que me esqueça, ou que não me acostumei ainda. Compreendo que pessoas tem tempos diferentes, já que são por si, diversas em história, referências e vivências. Já sei que é meu tempo atemporal por natureza, ou rápido pelo que denomino fé - ainda que para outros possa até ser visto como impulso - que me faz ser sempre a primeira a imaginar que tudo pode ser simples ou, que tudo é para crescer e nos tornar melhores.
Não sei se minha maneira de pensar está amalgamada na fé que aprendi em família e na vida, só sei que algo além de qualquer medo de recomeçar se abre em mim, quando, através desta fé, transformo medo em confiança. E, enquanto um cresce – a confiança – o outro - o medo - se esvai e eu caminho, não me abrindo em aventuras tresloucadas, mas, em convívios translúcidos e que me permitem está transparência de ser e deixar ser. Conviver com as diferenças não é tarefa fácil. E, se por um lado, percebo que me abro ao ser transparente, isso não quer dizer que o outro esteja pronto para receber ou ouvir, ou mesmo queira ouvir ou receber. Talvez seja disso que me esqueça, ou que não me acostumei ainda. Compreendo que pessoas tem tempos diferentes, já que são por si, diversas em história, referências e vivências. Já sei que é meu tempo atemporal por natureza, ou rápido pelo que denomino fé - ainda que para outros possa até ser visto como impulso - que me faz ser sempre a primeira a imaginar que tudo pode ser simples ou, que tudo é para crescer e nos tornar melhores.
Mas, coisa que não entra na minha cabeça é pensar que seres buscadores e afins, com visão aparentemente clara de um todo e de um universo maior, muito maior que nós, possam ficar saciados e em paz com o exercício da exclusão. Quando em âmbitos abrangentes que tratam da dignidade humana: raça, igualdade de direitos, coisas assim, sinto olhares de exclusão, com minha possibilidade cidadã, busco compartilhar meu olhar de necessária inclusão. Mas, quando se trata de vivências na esfera pessoal: amizades, sentimentos, relacionamentos e outras tantas nuances assim, só posso lamentar, ter gratidão pelo tempo vivido, perdoar (nos) no coração e seguir adiante aprendendo acerca do amor. A lástima que surge, não é pela exclusão da minha pessoa de uma história, evento, grupo, ou o que for, mas, por constatar que nem todos de nós, estão prontos vislumbrar o diferente, diante do todo. Pois, quando isso ocorre, junto vem a gentileza, o carinho, o acolhimento, a gratidão, a solidariedade e até a compaixão (pelo tempo de cada um) que celebra no todo a possibilidade de tornar-se melhor, em comunhão, que quer dizer: comum união.
Quando celebramos o todo com olhar de comunhão, nos vemos parte e ainda que haja hierarquias e a devida reverência e respeito, aprendidas ou não, ocorrem a cura, a transformação e a transmutação e experimentamos a fragrância sutil do amor incondicional. Talvez, seja pretensão do humano, alcançar o ágape, perfeição tão divina - não sou mestra no ágape, mas, também, não amo pela metade. O amor é. É amor, não abre precedentes.
E assim são ou deveriam ser, por exemplo, as amizades. Uma amizade se é amizade é verdadeira e, sempre o será.
Eu fui acreditando que como as andorinhas que voam em bando e em V, para melhorar seu desempenho ou, como na crença dos círculos presentes em tudo, e em nós: “eu sou um círculo e eu vou te curar, você é um círculo e você vai me curar, juntos somos um”, podemos fazer novo cada dia ou instante, certos de que, diante da bondade do Pai, “nada nem ninguém pode nos tornar infelizes sem nosso próprio consentimento”. E na renovação, aprender, ensinar, compartilhar, crescer, amar, viver.
E assim são ou deveriam ser, por exemplo, as amizades. Uma amizade se é amizade é verdadeira e, sempre o será.
Eu fui acreditando que como as andorinhas que voam em bando e em V, para melhorar seu desempenho ou, como na crença dos círculos presentes em tudo, e em nós: “eu sou um círculo e eu vou te curar, você é um círculo e você vai me curar, juntos somos um”, podemos fazer novo cada dia ou instante, certos de que, diante da bondade do Pai, “nada nem ninguém pode nos tornar infelizes sem nosso próprio consentimento”. E na renovação, aprender, ensinar, compartilhar, crescer, amar, viver.
Mas, sigo, pois, são só aspectos do pensamento meu ou de cada um. Que vivam as diferenças e que sobreviva a inclusão!
(Márcia Francisco)
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