algumas das integrantes do I encontro Círculo de Mulheres das Gerais,
idealizado por Heloisa Monteiro e Adriana Moreira, em BH
Me sentindo honrada, por participar durante todo o final de semana (23 e 24 de setembro de 2017), de um momento histórico relacionado ao universo sagrado feminino, esfera que desde que eu era criança fez parte da minha vida, seja através da capacitação, com a oportunidade de beber de muitas das melhores fontes relacionadas ao tema, em cursos, workshops, palestras, leituras, círculos às palestras que ministro, enfim. É por essa platafoma iluminada, me envolvendo no auto-conhecimento e a compreensão possível do vasto mundo feminino, que busco me expressar em tudo o que faço e sou, aprendendo, entre ganhos e perdas, encontros vários, que de um jeito particular, como é a complexidade grandiosa de ser mulher, vai guiando meus passos, transformando-me em escolhas e partilhas mais profundas e sinceras, junto à fé em Deus, rumo ao melhor de mim na direção da minha missão de vida, na reverencia à ancestralidade, no plantio pela descendência, nos desejos de um mundo onde o amor e a inclusão estabeleçam a paz.
Do convite, da Heloisa Monteiro (Casa das Matryoshkas) e da Adriana Moreira (Círculo Encantado), idealizadoras do encontro precursor, que estabelece o Circulo das Mulheres das Gerais, à experiência de dois dias, em contato com uma seleção muito guiada e especial, em de um conceito abrangente, a certeza de que este momento instala um novo portal - atenção! - não somente relacionado às mulheres ali presentes, mas, a todas as mulheres que entre as montanhas das Gerais, recebem, em suas vivências, anônimas, ou não, bastão de Vesta, a propriedade e excelência de seu fogo sagrado, a chama lúcida, que no universo das intuições, instaura sua caminhada pela cura, pelo amor, pela paz, pela integridade, pelo direito à plenitude de ser.Nós, mulheres do agora, somos uma teia de histórias e memórias, equivocadas ou legítimas, com nossas mães, avós, bisavós e outras tantas mulheres guerreiras da própria história, tantas mesmo..como no estudo apresentado, que diz que até nós, dessa geração, cerca de 2 mil outras nos precedera, a cada uma. Que cultivo darem às nossas sementes, nesta vida de escolhas?
Bem, senti que, como sua descrição pelas chamadoras desta egrégora, o "Círculo de Mulheres das Gerais surgiu num desejo de honrar e reverenciar as mulheres que trabalham com o Sagrado Feminino em terras mineiras. Muitas vezes saímos para outras cidades, estados ou países à procura de mais conhecimento para atuarmos nos grupos de mulheres dos quais somos guardiãs. Mulheres que representam Minas Gerais no Sagrado Feminino como um todo: na escrita, na palavra, na vivência, na arte, na música, na dança, na vida. Mulheres que, na busca de seu próprio despertar, na caminhada ao encontro do seu auto-conhecimento, se descobriram canais, facilitadoras, para que outras mulheres pudessem adentrar no despertar em si mesmas"
Presente no agora, o Círculo contatou em abordagens históricas, como a de Mônica Sifuentes, sobre Barbara Heliodora, ou nas palestras relacionadas à Constelação Familiar, no universo das mulheres indígenas, por Cynthia Carrilo, na força das "Moon Mothers", apresentada por Lari Ahmyo, nos caminhos da aromaterapia, por Dani Cuccia, na arte musical, em varias vozes femininas (entre elas a da bela Sofia Cupertino) e gêneros musicais, nas danças circulares, ciganas, no colóquio da psicóloga Marisa Sanabria, acerca dos desafios de humanizar o tempo, na experiência compartilhada de Patricia Pinho, junto à TV pública e tanto mais, apresentado alí, em harmonia... À fala de Heloísa Monteiro, preciosa e tenaz sobre "A Força das Matryoshkas nas Matriarcas Mineiras", constatações várias: guardiãs de muitas sabedoras, as mulheres mineiras têm mistérios, histórias, segredos e memórias. Fico com a pergunta de Marisa Sanabria e, que ela ecoe dentro cada uma der nós: "O QUE SE ESCONDE, DO ENIGMA FEMININO, NAS DOBRAS DAS MONTANHAS?
Por tantas expressões, caladas ou partilhadas, nos inúmeros trabalhos divinos que aquecem o despertar do feminino sagrado, como testemunha ocular deste instante singular que foi a abertura do Círculo de Mulheres das Gerais - assumindo minha autoresponsabilidade como multiplicadora da luz - preciso dizer que, a partir deste convite feito pelas precursoras, em um claro chamado de união e inclusão, vale refletir sobre a importância da união de forças através da sabedoria compartilhada. Podemos, crendo na abundância divina - onde "o mundo é grande e cabe todo mundo" e cada um tem seu lugar - distantes da ordinária visão competitiva, ou do olhar desconfiado que ronda nossa mineirice, nos unir a este circulo infinito e fazer emanar Minas em excelência sagrada feminina, em diversidade e magnitude de expressões em trabalhos vários, para juntas integrar esse novo tempo de luz potencializada no mapa deste que como bem disse Heloisa, tem rosto feminino, até mesmo em seu "nariz" cuja expansão territorial contou com a entrega e atitude de bravas mulheres.
Minas, tem Beijas, Bárbaras, Marílias, Chicas, tem Mercês de candombes eternos, Nhá Chica, Sinhanas, Anas, Filós e Adélias, tem todas nós, para de mãos dadas em ciranda de afeto, fazermos história! Vamos juntas, em gratidão, seguir tecendo o manto, na rara coragem de fiar junto: CONFIAR.
PS.: Parabéns, Helô e Adriana. Megafone amoroso para todas as esferas da cura e do sagrado feminino: conheçam e se aproximem do Circulo de Mulheres das Gerais. A proposta é clara: é só chegar. Partilhas com via de mão dupla. em 22 de setembro de 2018 tem mais, como as duas amigas nos informaram. Mas, a égregora prossegue emanando alta vibração. Sintonizem.
Mais:
evento relacionado - link Facebook: www.facebook.com/events/122439528330506
site Casa das Matryoshkas, Heloisa Monteiro: http://www.casadasmatryoshkas.org.br/
facebook Circulo Encantado, Adriana Moreira: https://www.facebook.com/encantadocirculo/
Márcia Francisco, BH, 24 de setembro de 2017, 20h44