Hoje, amiga Kathleen McGowan comentou, em seu status facebook, sobre fases da vida em que diante de mudanças: perdas, separações, dores, sofrimento, morte, depressão, as amizades se reciclam. Somos “condenados” a vivenciar luto e dificuldades sozinhos – o que faz parte da vida - e, sem amigos, familiares ou apoio dos que mais amamos. Fato. Já vivi fases assim. A sorte é contar com auxílio de profissionais competentes da psicologia, psicanálise e as ditas “alternativas” terapias e especialmente da fé, para, além da dor factual, lidar, também, com as conseqüentes perdas. Em todos os momentos, por mim vivenciados cresci internamente. Esse deve ser o segredo da superação do luto em qualquer perda, pela fé. Porque somos seres únicos e independentes, vinculados a uma sabedoria maior, de luz infinita que rege tudo por aí. E a percepção desta individualidade não nos faz incapazes, nem precisa nos tornar vítimas. Ao contrário, como na técnica havaiana de mudança de padrão de pensamento, “h’oponopono: quando assumimos 100% de responsabilidade por tudo que nos acontece, temos nas mãos a chave dourada que transforma. A luz para a virada. É pena que, nesta virada, tenhamos que constatar ausências ou os denominados abandonos. Aí se vão amigos... a dor aumenta. Mas, se olhássemos com sabedoria, não seria necessário o sofrimento, porque tais “amigos”, não podem ser considerados como tal. Um amigo não precisa viver SUA dor, portanto, não precisa abandoná-lo. É como um assistente que se coloca ao seu lado e a simples presença – ainda que na distância – se faz perceber e gera força infinita. Na ausência deste: tem Deus. O Deus em que você acredita, sem rótulos ou denominações, sabedoria suprema que habita acima, abaixo e dentro. E, neste fio conector traz o discernimento. Que deixa ir o que não faz parte, que se entrega ao instante de lágrimas, cai para levantar titã. Um amigo, conhece, reconhece, sabe e respeita o seu momento.Caminha ao lado, espera, confia com e em você. Um amigo verdadeiro é presença divina. Na ausência ou, simplesmente na fase da dor, reconstrua sua fé ou a cultive. A fé está, o poder também, arranque da terra, com unhas e descabelos a sua, confie e reconstrua. Há um amor que resgata, transforma e faz maravilhas em cada um de nós. É sempre o amor. E quando falta a auto-estima, se não lhe basta o seu amor. Tem Deus. Asseguro. Das perdas, não são, pois, nada temos, a não ser a nós mesmos e a consciência sagrada de que juntos, podemos, sim, ser mais, pelo todo. Quando no outro não reconhecemos tal consciência, existe a prece e o perdão e o amor incondicional que envolve e cura na compreensão, a parte de nós – este outro irmão – que se isolou em seu próprio caminho e, também, precisa ser resgatado no circulo sagrado da gratidão pela vida, que envolve o todo.
(Márcia Francisco -18 de julho de 2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário