Ah, a mulher...
tão peculiar em suas características e tão fundamental neste universo pleno em dualidades. Mulher companheira, mãe, filha, profissional. A dona da criação, que traz em si, intuição, força e capacidade para transformar realidades, construir verdades, reconstruir lugares, coisas, pessoas e histórias.
Ser que na história da humanidade guarda memórias tantas que, equivocadas ou não, delinearam seus caminhos. Da mulher submissa e tolhida em suas expressões mais verdadeiras, dos primórdios às inquisições, às desbravadoras feministas que sustentaram revoluções e imprimiram necessárias mudanças à sociedades inteiras inter-fronteiras. E, nos tempos atuais, a mulher que sábia, por natureza intrínseca, reencontra sua força, seu tônus, sua fé e renasce, fênix e, sempre necessária, curadora e curandeira, mater mundi.
Todas e cada uma, proclame e faça saber...
Essa mulher que é em mim e em você, em nossas mães, avós, bisavós, ancestrais seculares, milenares, Marias e Madalenas, Helenas ou Milenas. Esposa do sol, filha da lua, fruto da mãe terra.
Mulher,
Ofereça dores e temores,
retome sua origem, sua razão, sua oração.
É seu o dom do amor e do perdão,
no silêncio ou na canção,
a consciência da gratidão.
Vista-se sagrada senhora, tome o cetro da intuição,
reverencie a mãe divina que repousa tranqüila e sábia
no átrio altar que consagra sua excelência.
O tempo a espera, para a lida, para a vida, para o todo e para o amor.
É seu, o sonho, na dança ou contradança, a viagem e seu sabor.
Tempere seu caldo com louros e alecrins.
Banhe-se de mirra, colha, malvas, margaridas, lírios e girassóis.
Perfume-se de alfazemas, recolha-se em lótus.
Escolha o seu lugar.
(Márcia Francisco)
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