Sou brasileira, mineira, belo-horizontina e amo minha terra!

Sou jornalista, escritora, cantora, atriz, poeta, artesã, filha, mãe, mulher.

Acredito na capacidade do ser humano em ser feliz: hoje. Acredito em Deus e no amor. Acredito no sonho, na ação e no sucesso.

Acredito em Maria e Madalena.

Acredito na luz do Espírito Santo, na esperança e na perseverança.

Acredito no indivíduo e sua capacidade de se aperfeiçoar

Acredito na arte e na transmutação, na alma e no coração, na paz e no perdão.

Acredito no condor, no beija-flor e no arco-iris...na força do fogo, do sol, da lua e dos ventos, da água e da terra, dos lobos, das águias...e muito mais!

Acredito na luz do sagrado feminino, na teia abençoada dos círculos de mulheres, das que foram às que virão. Na inspiração do encontro que cria, cura, fia e confia.

O FEMININO EM MIM surge para partilhar esse meu olhar feminino que ACREDITA!

Grata pela sua presença especial.

Márcia Francisco

domingo, 3 de fevereiro de 2013

HISTÓRIAS DE LOBOS I


Um velho lobo, encantado com a jovem matriz fêmea de outra alcatéia, decide dançar para encantá-la. Fêmea que baila na confiança da sua maestria, cumpre sua parte na coreografia.
Vendo sua fêmea, um jovem macho à distância observa, permanece impassível e não faz nenhum movimento à não ser o do olhar que a acompanha bailar.
Em seguida, gerando a sensação de um lapso, a fêmea conclui sua dança e deixa o velho lobo a sonhar.
Dirigindo-se à sua fêmea, o jovem macho dá um passo e um olhar, levanta o braço e basta um gesto e uma corte: ela começa, com ele, a bailar. Atônito, o velho lobo gira em círculos e rodeios confusos e, pergunta à outra loba que tudo assistiu: - “você viu minha loba?” No silêncio que ela aprendeu a cultivar, responde: - “não”. E ele segue, cabisbaixo, em circunferências tontas, rumo à busca de sua verdadeira loba. Mas, no caminho pára e recolhe-se ao seu penar.
O jovem lobo demonstra sua força e excelência: demarcou o seu território. É dele, e sempre será, a loba que baila em espirais fêmeas e silenciosamente lúcidas de puro amor.
Dizem que lobos só tem instintos, mas, mas, afirmo, alguns exalam amor.
São lobo e loba e nada mais.
Um lobo que reconhece em si a própria força e grandeza nada teme, apenas realiza.
O jovem lobo cedo encontrou sua maestria.
O velho lobo também já aprendeu. Mas, é da característica do instinto, exercitar-se no cortejo e na caça, para renovar a própria vida.
As lobas aprendem mais cedo e livres, circulam, mas, sempre retomam seu lugar. Seja quando for o retorno, as mais velhas já sabem que os velhos lobos sempre voltam e, antes delas, a esperam para colo terno que só elas oferecerão. Já maduro, quase materno, não importa, necessário centro nutriz.
E assim será, será, será, na terra dos lobos e noutras mais.

(Márcia Francisco - copyright)

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